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Dislexia dificulta a leitura e escrita e traz prejuízos para a aprendizagem
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Dislexia afeta leitura, escrita e auto-estima
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Metade dos adultos com TDAH também apresentava o problema na infância
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Disléxico: diferente, mas não limitado
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Estudo da Santa Casa diz que 70% dos profissionais de saúde/educação não identificam a dislexia
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Discalculia
Perguntas Frequentes
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Processamento auditivo se refere aos processos envolvidos na detecção, análise e interpretação de eventos sonoros. Estes processos acontecem no sistema auditivo periférico e no sistema auditivo central. O processamento auditivo refere-se então, àquilo que fazemos com o que ouvimos (Katz et al., 1992).
KATZ, J.; STECKER, N. A.; HENDERSON, D. Central auditory processing: a transdisciplinary view. St. Louis: Mosby
Ear Book, 1992.
Em 1996, a American Speech Hearing Association (ASHA), definiu o distúrbio do processamento auditivo como sendo a alteração em um ou mais mecanismos ou processos do sistema auditivo responsáveis pelos seguintes fenomenos comportamentais: Localizacao e lateralizacao Sonora; discriminacao auditiva; reconhecimento de padrões auditivos; aspectos temporais da audição, incluindo resolução, mascaramento, integração e ordenação temporal; desempenho auditivo na presença de sinais competitivos e desempenho auditivo com sinais acústicos degradados.
O DPA é uma disfunção específica dos processos auditivos, mas, também pode estar associada déficits de linguagem, memória e atenção, entre outros. Indivíduos com perda auditiva periférica provavelmente terão desempenho prejudicado nos testes do
processamento auditivo. No entanto, isto não é um fator determinante. Há pessoas, que mesmo apresentando perda auditiva periférica (de grau leve a moderado), apresentam processamento auditivo normal.
American Speech Hearing and Language Association Task Force on
Central Auditory Processing Consensus Development. Central auditory
p rocessing: current status of re s e a rch and implications for clinical
practice. Am J Audiol 1996;5:41-54.
A dislexia é um distúrbio de aprendizado, de origem hereditária com alterações genéticas, caracterizado por dificuldades na área da leitura, escrita ou soletração. De uma maneira geral, o indivíduo com dislexia sempre apresenta dificuldade em escrever e na ortografia, dificuldade na linguagem e lentidão no aprendizado da leitura.
Muitas vezes, estão associados outras alterações como disgrafia, discalculia, dificuldade com memória de curto prazo e aprendizado de outro idioma.Para os pais, é importante estar atentos nas crianças em idade pré- escolar que apresentam sintomas de dispersão, atraso na fala e linguagem, dificuldade de aprender rimas e canções, atraso no desenvolvimento da coordenação motora e dificuldade com quebra cabeças.
Já nas crianças em idade escolar, os sintomas de alerta seriam: dificuldade na aquisição e automação da leitura e escrita, desatenção e dispersão, dificuldade em copiar de livros ou da lousa, dificuldade na coordenação motora fina (desenho/pintura) e grossa (dança/ginástica), confusão entre direita e esquerda, dificuldade em manusear mapas e dicionários, trocas de letras na escrita, e problemas de conduta (por ex. depressão, timidez ou “palhaço” da turma).
Identificado o problema de rendimento escolar ou sintomas percebidos no ambiente domiciliar deve se procurar ajuda especializada, preferencialmente de equipe multidisciplinar, incluindo neuropediatra, psicólogo, psicopedagogo e fonoaudiólogo. Uma vez diagnosticada dislexia, o acompanhamento devera ser feito respeitando a necessidade de cada caso individualmente, permitindo que os resultados sejam mais efetivos e consistentes.
O TDAH é um transtorno neurobiológico de causa genética, que aparece na infância e
frequentemente acompanha o indivíduo por toda vida. Atinge cerca de 3 a 5% das crianças em idade escolar e se caracteriza principalmente por sintomas de desatenção, agitação e impulsividade. As crianças com TDAH são agitadas, tem dificuldade para manter atenção em atividades muito longas ou repetitivas. São facilmente distraídas por qualquer estímulo do ambiente ou até mesmo com pensamentos.
Tendem a ser impulsivas, não esperam a vez, não lêem a pergunta até o final e já respondem, interrompem os outros, com freqüência agitam mãos ou pés, ou se remexem na cadeira, tendo dificuldade em permanecer sentados em sala de aula e até mesmo durante as refeições.
O diagnostico, assim como o tratamento é baseado em equipe multidisciplinar, associando terapias com tratamento medicamentoso dependendo de cada caso em particular.
A criança com altas habilidades apresenta um desempenho diferenciado e elevado potencial em qualquer dos seguintes aspectos, isolados ou combinados: capacidade intelectual; aptidão acadêmica específica; pensamento criativo ou produtivo; capacidade de liderança; talento para as artes; capacidade psicomotora; persistência na resolução de problemas; atitude curiosa e questionadora.
A identificação da criança com altas habilidades pode ser feita através da observação de uma ou mais características que ela pode vir apresentar:
- Criatividade e originalidade
- Liderança
- Vocabulário avançado para a idade
- Pensamento crítico desenvolvido
- Interesse nas áreas de linguagem, comunicação e expressão
- Interesse na área de ciências
- Interesse na área de exatas
- Destaque nos esportes
- Persistente na resolução de problemas
- Capacidade elevada para memorizar informações
- Senso de humor
- Envolvimento com a tarefa
- Atitude curiosa
- Interesse diferenciado
- Atitude questionadora e de perguntas
- Postura solitária
- Comportamento agitado
- Comportamento entediado e desinteressado (mas não necessariamente mais atrasado pedagogicamente que os seus pares da mesma idade).
Segundo Howard Gardner, o ser humano é dotado de inteligências múltiplas que incluem as dimensões verbal ou lingüística, lógico-matemática, espacial, musical, cinestésico-corporal e motora (presente no atleta e no artista), naturalista (percepção da natureza de maneira integral e empatia com animais e plantas), pictórica (presente nos artistas, que produzem desenhos, obras de arte), além das inteligências interpessoal (revelada através do bom relacionamento com os outros) e intrapessoal (presente em indivíduos que administram bem os sentimentos e emoções). O aluno com altas habilidades pode vir a se destacar em uma ou mais dessas dimensões.
Os alunos portadores de altas habilidades/superdotação são indivíduos que precisam de um espaço educacional diferenciado e desafiador para que possam desenvolver seu potencial, pois são diferentes em relação aos alunos de sua idade. Para isso, precisam ser criadas condições educacionais apropriadas que atendam às suas necessidades acadêmicas, intelectuais, emocionais e sociais, de acordo com suas potencialidades.
Portanto o aluno superdotado precisa ser identificado para que possa ser criado um trabalho de intervenção adequado, com ambiente estimulador, gerando motivação; bem como uma proposta pedagógica que atenda às suas necessidades e desenvolva seu potencial. Esse trabalho deve envolver o aluno, a escola o professor, a família e a sociedade.